Santa chupeta ! Quem nunca tentou fazer seu filho pegar uma atire a primeira pedra . A chupeta acalma e o bebê pára de chorar , uma verdadeira mágica !O ato de sugá-la é um mecanismo associado à necessidade de satisfação afetiva e de segurança, que desperta um sentimento no bebê semelhante ao que ocorre quando ele mama no peito da mãe. Oferece conforto , prazer.
O uso de chupetas, também chamado hábito de sucção não nutritiva, é normal e aceitável em bebês .
A criança de zero a 2 anos tem uma necessidade inata de sugar. Por isso, a chupeta acalma e transmite prazer – é o que chamamos de fase oral, época em que a criança se apropria do mundo pela boca.
1. Qual a idade de retirar ?
A Associação Brasileira de Odontopediatria (ABO) e o Ministério da Saúde recomendam que a idade de 3 anos seja a época limite para a eliminação do uso de chupeta. Entretanto, reconhecem que o ideal seria remover gradualmente esse hábito até os 2 anos.Quanto mais cedo a chupeta for banida, maiores as chances de auto-correção de possíveis desarmonias nas arcadas dentárias devido ao uso do acessório.
Espera-se que a partir de 2 e meio, 3 anos, a criança, que já está envolvida em atividades diversas, comece a se desligar do hábito de chupar chupeta, porque tem outros interesses.
2. Que tipos de problema a chupeta pode causar para a criança?
Pode provocar mudança na posição dos dentes e das arcadas dentárias. Além do problema estético, ocorrem dificuldades como alterações de mordida , prejuízos na mastigação, na deglutição e até mesmo na fala.
O uso da chupeta afeta, ainda, a função respiratória, ocasionando, por vezes, respiração bucal com roncos e fadiga, que causam distúrbios de atenção e dificuldades no aprendizado. Pesquisas científicas mostram também que a chupeta facilita a migração de bactérias das secreções nasais para o ouvido médio, levando ao risco de otite média aguda.
3. Chupeta prejudica a fala?
Nem toda criança que usa chupeta obrigatoriamente terá problemas para articular as palavras. E nem todos que desenvolvem esse tipo de distúrbio podem culpar a chupeta. Porém, quando esse recurso se torna freqüente, ele pode alterar a mordida – aí, sim, existe a possibilidade de a fala ser prejudicada. Além disso, nessa fase em que a criança está aumentando sua comunicação verbal, é bom deixar o caminho livre para ela se expressar.
A chupeta, quando usada o tempo todo, vira uma rolha, impedindo-a de falar.
4. Posso usar prendedor ?
É certo que o cordãozinho preso à roupa do bebê é uma mão na roda para evitar que a chupeta caia toda hora no chão. Mas, apesar de muito prático, o prendedor não é recomendável : o principal motivo é que ele próprio acaba se tornando um foco de fungos e bactérias. Além disso, a chupeta pendurada esbarra o tempo todo em tudo, ficando mais e mais contaminada. E há ainda uma razão mais séria para desistir do prendedor: ele pode eventualmente se enrolar no pescocinho do bebê e causar asfixia. Assim, é melhor ter uma boa reserva de chupetas para trocar quando a que está sendo usada cair no chão.
5. Qual a melhor chupeta?
Para cada faixa etária, há um tamanho de bico recomendado. Ler as especificações na embalagem antes de comprar garante que a mamãe leve o modelo adequado à idade do seu bebê. Quanto ao formato do bico, a preferência deve ser sempre pelos ortodônticos, menos prejudiciais aos dentes. E sobre seu material, vale a pena pagar um pouco mais pela chupeta feita de silicone, já que o látex favorece um maior acúmulo de bactérias. Importante também escolher chupetas cuja parte que fica fora da boca seja anatômica e com algumas características especiais.
6. Melhor chupeta do que o dedo?
Sobre qual dos dois temos maior controle? A chupeta, certo? Não há como limitar o acesso ao dedo, o que acaba aumentando o hábito de sucção. A chupeta, por outro lado, pode e deve ser limitada desde cedo.Portanto, entre o acessório e o dedinho, melhor ficar com o primeiro.
7. Quanto tempo dura uma chupeta?
Sempre que o material estiver danificado de alguma maneira, seja gasto, rachado ou rasgado. Para tanto, é importante examinar com freqüência e atenção a chupeta. Na dúvida sobre o bom estado do acessório, opte pela troca: é mais seguro.
8. Como limpar ?
Ela deve ser higienizada diariamente, de acordo com as orientações do fabricante. Isso porque o acessório pode se tornar um foco de microorganismos que transmitem estomatites e outras doenças. Geralmente, a fervura é o método mais recomendado. Lembre-se : se a chupeta cair no chão, não adianta apenas passar uma água. Para evitar a proliferação de micróbios, os cuidados com a higiene devem ser rígidos. A substituição da chupeta deve ser freqüente, e ela deve ser fervida todos os dias.
9. Sem modismo!
Virou moda colocar brilhos e pérolas para enfeitar as chupetas dos bebês. O problema é que isso pode não ser seguro. Na maioria das vezes, as chupetas customizadas não passam por testes de segurança nem têm o selo do Inmetro, por serem produtos artesanais. E aí o que era para chamar atenção pela beleza pode se transformar em risco para as crianças.
O Inmetro, o instituto que fiscaliza o padrão e as medidas dos produtos brasileiros, está fazendo um alerta: a moda de personalizar chupetas com pequenos enfeites pode pôr em risco a vida do seu bebê.Além de a decoração se soltar, outro risco que o acessório oferece é em função da cola utilizada para fixar as pedras. A substância é tóxica e pode acabar sendo ingerida ou inalada.