O autismo é um transtorno que causa alterações na capacidade de comunicação, interação social e comportamento da criança, o que provoca sinais e sintomas como dificuldades na fala, bloqueios na forma de expressar ideias e sentimentos.
Os sinais de autismo surgem, geralmente, por volta dos 2 a 3 anos de idade, período em que a criança tem uma maior interação e comunicação com as pessoas e o ambiente. Em alguns casos, já é possível observar alguns sintomas de alerta já em bebês, como a ausência de expressões faciais , a ausência reação aos sons ou atraso de fala.
Mitos 
Há alguns mitos em relação ao autismo que precisam ser desfeitos. São eles: a falta de emoção, a agressividade, o retardo ou a genialidade e o balanço, ou seja, o mito de que todos os autistas balançam-se para frente e para trás. A realidade é que não existe um padrão fixo para todos os autistas.
No entanto, a falta de informações confiáveis faz com que os pais neguem o autismo quando não vêem esses estereótipos nos seus filhos. É preciso aceitar o quanto antes a doença para que, encarada de frente, possa ser combatida e superada.
Como saber se é autismo
No autismo leve, a criança apresenta poucos sintomas, que podem muitas vezes passar despercebidos.
Já no autismo moderado e grave, a quantidade e intensidade dos sintomas se tornam maiores. Os sintomas que podem ser apresentados por qualquer criança autista, incluem:
1. Dificuldade na interação social
• Não olhar nos olhos ou evitar não olhar nos olhos mesmo quando alguém fala com ela, estando bem próximo;
• Não gostar de carinho ou afeto e por isso não se deixa abraçar ou beijar;
• Dificuldade em relacionar-se com outras crianças e prefere ficar sozinho;
• Repetir sempre as mesmas coisas, brincar sempre com os mesmos brinquedos.
2. Dificuldade de comunicação
• A criança sabe falar, mas prefere não falar nada e mantém-se calada por horas, mesmo quando fazem perguntas para ela;
• Repete a pergunta que lhe foi feita várias vezes seguidas;
• Não atender quando é chamado pelo nome;
Alterações comportamentais
• Não tem medo de situação perigosas, como atravessar a rua sem olhar para os carros ou chegar muito perto dos animais como cães de grande porte;
• Brincar com somente uma parte de um brinquedo, como a roda do carrinho, por exemplo, e ficar olhando e mexendo nela;
• Leva o braço de outra pessoa para pegar o objeto que ela deseja;
• Dificuldade a se adaptar a uma nova rotina ficando agitado, podendo se autoagredir ou agredir os outros;
• Ficar passando a mão em objetos ou ter fixação por água;
• Ficar extremamente agitado quando está em público ou em ambientes barulhentos.
Na suspeita destes sintomas é indicada a avaliação pelo pediatra ou psiquiatra infantil, que poderá fazer uma avaliação mais minuciosa de cada caso, e confirmar se é autismo .
Qual é a idade ideal para o diagnóstico?
O fundamental é que o diagnóstico do autismo seja feito antes dos três anos de idade. Em nenhuma outra época da vida nosso cérebro é tão plástico como nesse período inicial. Portanto, se a criança nascer com predisposições adaptativas desfavoráveis, esses primeiros três anos constituem o melhor momento para se tentar resolver suas dificuldades. Os especialistas confirmam que é desse modo que se obtêm os melhores resultados terapêuticos.
Novo método diagnóstico
Por meio de um exame simples e conhecido do público em geral, o eletroencefalograma (EEG), os pesquisadores conseguiram definir já aos 3 meses de idade quais bebês tinham inclinação ao transtorno do espectro autista e até prever o grau de comprometimento.
A precisão do diagnóstico foi de quase 100% aos 9 meses de idade, segundo estudo publicado em um revista americana . Outra vantagem é que o EEG, exame que registra a atividade elétrica do cérebro, tem baixo custo e não é invasivo . É realizado através de eletrodos ( adesivos colado na cabeça do bebê ) que captam as ondas do cérebro .
Fica dica .