Qual a criança que não chora na consulta médica ? Muitas . E dá muita dó , não é mesmo? Como diminuir o sofrimento dos pequenos e melhorar a qualidade do exame médico?
Os bebês raramente choram , pois não enxergam e não conseguem distinguir quem está ao seu lado , principalmente quando ouvem a voz da mãe . A partir dos 6 meses eles começam a “estranhar” , pois já enxergam e ouvem melhor , dando início aos biquinhos e carinhas de choro ao deitar na maca de exame.
Desta fase até os 2 a 3 anos , é muito raro uma criança não chorar . Como geralmente vem ao médico porque estão doentes , o medo e o mau humor imperam . Não adianta oferecer palitinho com sabor , chocoalhar bichinho se a mãe fala que ele vai tomar injeção se não ficar quieto …
Depois desta fase , já dá para sentar e conversar . A criança já entende que ela está lá para melhorar e resolver um problema e não criar outro. Mas lembre-se , no pronto socorro é diferente. Tem muita gente doente , ambiente aterrorizador até para os adultos , eles já sabem que lá a história é outra : lá tem agulha , raio x e injeção !
A criança é despida, pesada, medida, objetos estranhos são colocados em contato com ela e, muitas vezes, é preciso segurá-la para que os exames possam ser realizados. Isso pode provocar uma sensação de vulnerabilidade ou de ameaça.
5 dicas para seu filho não fazer feio no dia da consulta 
Para ele não dar trabalho e abrir o berreiro na sala de exame do pediatra , aqui vão algumas dicas :
1. Faça uma brincadeira de médico
Avisar o que vai acontecer ajuda muito . Para os menores , fazer brincadeiras de médico em casa , com brinquedos é uma boa dica para diminuir o medo dos procedimentos : pesar , medir , olhar a orelha e principalmente a boca .
Outra boa ideia é permitir que ela manipule os instrumentos do pediatra (como aqueles de brinquedo ). Isso ajuda a diminuir o medo do equipamento.
2. Não assuste a criança
É muito comum os pais ” tocarem o terror” para um filho na hora da briga e birra : “vou te levar no médico e ele vai te dar uma injeção !” , ” olha a cara da médica , ela não tá gostando e vai te dar uma injeção “. Frases assim não colaboram com o exame .
Nunca minta, engane ou diga que não vai doer se você sabe que vai (o conselho vale principalmente para as vacinas!). Isso só gera a quebra da confiança da criança nos pais.
3. Vá a consulta sem estar doente
Examinar sem a criança estar doente ajuda a diminuir o medo . Assim sobra mais tempo para ela se habituar e conversar , pois afinal , não tem dor e nem febre.
Uma boa dica é deixar que leve com ele um bichinho de pelúcia, para que possa “examiná-lo” antes de passar pela avaliação médica.
4. Faça uma travessura
Saindo da consulta , faça uma coisa prazeirosa para o criança . Um passeio no shopping , uma visita à padaria . Assim ela passa a associar consulta / prazer . Mesmo que ela vá colher exames após a consulta , dê um intervalo.
Não é legal fazer da hora da consulta médica um momento de festa, para não encorajar a criança a se queixar desnecessariamente só para fazer uma visita ao pediatra. Melhor tratar a ida ao consultório como algo natural: sem dramas, sem rodeios e com você sempre lá, para dar segurança ao seu filho.
5. Troque de médico
Poxa , lá vai um item polêmico . Mas as vezes a criança precisa mudar o ambiente . Não necessariamente precisa trocar de pediatra , mas você pode fazer uma avaliação com otorrino , alergologista …
Às vezes, simplesmente não há afinidade entre o médico e a criança, o que não quer dizer que o profissional seja ruim.
As crianças costumam ter mais medo dos pediatras do que das pediatras . Além do fato do consultório das pediatras geralmente ter mais brinquedos e ser mais colorido . Puxei a sardinha , não é ? Mas essa ultima dica vale como mãe , não como médica .
E lembre -se:
• O medo é normal e geralmente passa até mais ou menos a criança fazer três anos, às vezes antes.
• Os pediatras já estão escolados com crianças medrosas, não fique constrangida e nem aborrecida com o pequeno.
• Sei que dói, mas é tipo vacina, acaba rápido. Deixe o pediatra examinar a criança, mesmo se esgoelando, afinal, é algo que precisa ser feito. Faça carinho no seu filho, seja nas pernas, seja no braço, aonde você tiver posicionada. Fale palavras de conforto, bem baixinho, e incentive o seu filho a obedecer às solicitações de “abre a boca”, “tosse”, “vira pro lado”, se ele já for maiorzinho.
Fica a dica.