Apesar de soarem parecidas, a intolerância à lactose e a alergia a proteína do leite leite de vaca são duas condições bem diferentes e que não podem ser confundidas. Enquanto a primeira é uma incapacidade do sistema digestivo em digerir a lactose por falta da enzima lactase, a segunda é uma reação do sistema imunológico às proteínas do leite.
O tratamento é bem diferente e as recomendações de consumo do leite e derivados não são as mesmas.
Intolerância à lactose
Pessoas intolerantes à lactose têm uma deficiência na produção da lactase, uma enzima fundamental para a quebra desse açúcar presente no leite. Essa carência enzimática pode ser parcial ou total e as consequências são mais severas conforme a produção dessa enzima – quanto menos, piores são os sintomas.
A lactose ingerida com o leite não é aproveitada pelo corpo e se acumula no intestino. Ela passa, então, a ser fermentada pelas bactérias do intestino grosso, o que causa um intenso desconforto gastrintestinal. Como resultado, a pessoa apresenta diarreia e dor abdominal pela formação de gases.
Segundo dados da Agência Brasil, cerca de 40% dos brasileiros possuem algum grau de intolerância à lactose.
Alergia a proteína do leite de vaca
É uma reação do sistema imunológico à substância identificada como invasora, a proteína presente no leite de vaca. Para combater esse corpo estranho, o organismo começa a liberar uma série de enzimas e substâncias em cascata, produzindo uma reação alérgica que pode variar de leve à severa.
Essa cascata alérgica é desencadeada não apenas após a ingestão do leite e seus derivados, mas também com o simples contato com a pele, por exemplo. Famílias com crianças alérgicas devem seguir recomendações rigorosas na cozinha, para evitar contaminação cruzada ou a presença de traços de leite no alimento do alérgico.
A lista de sintomas à alergia ao leite é extensa e tem relação com o tipo de alergia apresentado pela criança. Nem sempre a reação aparece logo depois de a pessoa ingerir leite e derivados (ou entrar em contato com esse tipo de alimento). Por isso, caso haja desconfiança sobre o problema, o mais indicado é procurar o médico.
Os cuidados não devem, infelizmente, ser restritos apenas à alimentação
Uma série de produtos e objetos do dia a dia contêm traços de proteínas do leite. Entre eles estão giz escolar, balão de festa e alguns sabonetes. Por isso, é fundamental que mães e pais leiam com bastante atenção os rótulos à procura de ingredientes como caseína, lactoalbumina, lactoglobulina, caseinato e ou leitelho, que indicam a presença de leite ou derivados em sua composição.
Bebês alérgicos que ainda mamam no peito podem e devem continuar sendo amamentados. Nesses casos, a mãe deverá apenas seguir uma dieta totalmente isenta de leite, derivados e de alimentos que contêm proteínas do leite.
Se a criança estiver em aleitamento artificial , o leite de vaca poderá ser trocado por formulações específicas sem a proteína do leite .
E o leite sem lactose ?
No meio disso tudo , tem muita mãe utilizando leite de vaca sem lactose para criança alérgica. Como assim ??
Crianças com quadros de tosse ou até sintomas gastrointestinais que melhoraram após a troca do leite para um produto sem lactose não possuem alergia ao leite . Neste caso , a substituição poderia exarcebar os sintomas .
Estas crianças que se adaptaram ao leite sem lactose possuem intolerância ao leite de vaca e por isso conseguem consumir derivados e produtos que contêm leite , como bolos e salgados e não necessitam de restrições alimentares .
Fica a dica .