Amamentar pode doer, sim. E por vários motivos. Pode ser o bico rachado, os seios muito cheios, ingurgitados, situação que pode até evoluir para uma mastite e causar febre alta na mãe. A pega errada (quando o bebê não abocanha a auréola por completo, mas apenas o bico do seio) é outra causa de sofrimento. Tem bebê que chega a morder o bico do seio e, acredite: mesmo que eles não tenham dentes ainda, a pressão da gengiva machuca.
Os desconfortos intensos ocorrem principalmente durante as primeiras semanas de amamentação, quando o seio ainda está se adaptando para os longos meses que virão pela frente. É uma fase de adaptação, mas pode atrapalhar (e muito!) a amamentação do bebê
Atualmente, é comprovado que práticas antigas, como passar bucha nas mamas, cortar o sutiã para expor os mamilos ou mesmo o uso de pomadas não preparam as mamas para a amamentação.
Mas e quando os seios estão rachados e doloridos, o que fazer? A principal atitude quando as mamas ficam feridas é avaliar o motivo que levou isso a acontecer e ajustar a pega o mais rápido possível : “pega” incorreta do bebê e mamas muito cheias são as principais causas .
Caso as mamas estejam muito cheias, ela deverá realizar o que chamamos de ordenha de alívio. A mãe massageia as mamas e retirar um pouco do leite, de maneira que elas continuem cheias, mas mais macias. Isso permitirá que a pega aconteça de maneira correta, com consequente eficiência na mamada, sem dor e com esvaziamento adequado dos seios.
O que fazer ?
Pomadas são contraindicadas de maneira geral pois seu uso pode levar a obstruções de ductos e sensibilidade maior na região do complexo mamilo areolar.
O protetor de seio
Os protetores devem ser compostos principalmente de silicone, pois esse material permite que eles sejam finos, maleáveis e fáceis de colocar. Isso nos permitirá sentir o contato com o bebê no momento da amamentação.
Existem inúmeras marcas e tipos de protetor no mercado, por isso é preciso saber como encontrar o certo. Os melhores produtos apresentam o formato de borboleta , para permitir o contato da pele com o bebê e garante naturalidade na hora de amamentar, mesmo que exista algo entre o seio e o bebê. Fabricado com silicone ultrafino, é feito para não deixar odor nem gosto.
Deve ser posicionado no mamilo e na aréola, dobrando um pouco as asas, de modo que o protetor se adapte bem ao seio e gere um vácuo. Feito isso, o protetor de seios não vai se mover e deve ficar parecido a uma segunda pele.
E a rosquinha ?
As rosquinhas de peito são protetores de mamilos e absorventes laváveis. Agora com zíper, que permite tirar o tecido de dentro para facilitar a lavagem e secagem .
Elas ajudam a aliviar a sensibilidade que pode acontecer nas primeiras semanas de amamentação e também absorvem o leite que pode vazar dos seios. Elas possuem um buraco central onde se encaixa o mamilo, de modo que ele fique centralizado para não encostar em nada, e o buraco também permite a ventilação desta região.Podem ser feitas com compressas ou adquiridas pela internet.
Laserterapia já ouviu falar ?
Outra opção de tratamento é o laser de baixa potência para otimizar o processo cicatricial. É uma ferramenta nova, mas promissora, e com evidências científicas que apontam seu benefícios. Indicada para fissuras maiores ou de difícil cicatrização.
O tempo de tratamento é variável , mas algumas mães já relataram melhora após a primeira aplicação .
Fica a dica .