Nem os pequenos estão livres da depressão. Apesar de não muito frequente , a doença pode evoluir com maior incidência durante a pandemia pelo Covid -19. É preciso saber que nelas, os sinais da doença são bem diferentes dos de adultos.
De acordo com s Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), a depressão normalmente é diagnosticada após os cinco anos de idade, e as causas são multifatoriais, como vulnerabilidade do sistema nervoso central, fatores genéticos e ambientais.
O diagnóstico, porém, não é simples como o dos adultos. A apresentação dos sintomas da depressão depende da idade e do nível de maturidade da criança. É importante lembrar que o que é comportamento normal e o que caracteriza a doença dependem do contexto em que os sintomas aparecem, e quais foram os prejuízos causados por eles.
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Sintomas
De modo geral, a criança vai se retraindo e muitas vezes os pais não percebem que algo errado está acontecendo. As crianças menores têm maior dificuldade de entender a subjetividade dos sentimentos e frequentemente exteriorizam a tristeza por meio de sintomas físicos.
É nessa hora que os pais devem se munir de uma dose extra de amor para compreender o momento delicado em que a criança está passando e oferecer apoio para entender o problema.
Lembre-se que a manha ou irritabilidade nem sempre são problemas de comportamento, mas que, se associados a outros sintomas, podem indicar depressão infantil. E que, nessa hora, o que a criança mais precisa – além do acompanhamento médico – é da presença dos pais.
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Um olhar atento às mudanças repentinas de comportamento da criança é fundamental para decidir procurar um especialista e relatar o ocorrido.
Fique atenta se a criança :
• Reclama de dores de cabeça ou enxaqueca , que melhoram sem uso de medicação ;
• Apresenta tristeza constante : desânimo ou apatia para realizar atividades que costumava gostar , pouco comunicativa , desinteressada ;
• Relata ter dores abdominais , de melhora espontânea , sem sintomas associados como prisão de ventre ou vômitos ;
• Faz xixi na cama com frequência;
• Eventualmente há vazamento de fezes sem que a criança dê conta;
• Demonstra irritabilidade sem causa aparente ;
• Aparenta ter perdido o prazer de fazer coisas que antes gostava;
• Tem dificuldade de ficar longe dos pais;
• Sofre com fobias diversas : medo de escuro , insetos , monstros ;
• Fica indecisa : não sabe escolher qual alimento ou sobremesa deseja , atividades , canal de tv;
• Falta de apetite que pode levar a perda de peso, porém em alguns casos também pode surgir enorme desejo por doces;
• Dificuldade para dormir e muitos pesadelos;
• Tem dificuldade de concentração;
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• Se mostra cansada com frequência : rosto triste, apresentando olhos sem brilho e não sorrindo e um corpo caído e frágil, como se estivesse sempre cansado e olhando o vazio;
É claro que, assim como nós, a criança também não está imune à tristeza, a acordar sem vontade de se relacionar com as pessoas ou ao mau humor. O que se aconselha é tentar entender o contexto do seu filho, principalmente, observar a duração desses sentimentos (mais de um mês já é preocupante), a intensidade e de que maneira eles estão afetando a vida.
Como diagnosticar a depressão infantil
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O diagnóstico normalmente é feito através de testes realizados pelo médico e análise de desenhos, pois a criança na maioria dos casos não consegue referir que está triste e deprimida e, por isso, os pais devem estar muito atentos a todos os sintomas e dizer ao médico para facilitar o diagnóstico.
Ficou em dúvida ? Procure seu pediatra e se necessário , um especialista .