Existem produtos proibidos ou contra indicados pela Sociedade Brasileira de Pediatria e a Academia Americana de Pediatria que são vendidos livremente devido a falta de legislação . Com as vendas alavancadas por blogs e sites , alguns produtos podem deixar sérias consequências ou até a morte da criança .
Talvez você não saiba , mas alguns dos produtos de bebês que utilizamos não são tão seguros quanto se costuma pensar. Muitos, como você vai ter a oportunidade de conferir hoje, já estão proibidos em países como Estados Unidos, Canadá e alguns lugares da Europa por questões de segurança e ainda são muito usados aqui no Brasil.
O fato de ser vendido não significa que o produto esteja liberado para usar sem restrições . As mães devem estar atentas a estas “fórmulas mágicas” vendidas por sites. Na grande maioria deles , alguém fez uso e aprovou e nem por isso justificará o uso no seu filho.
Não arrisque a vida do seu filho por um palpite .
1.Andador 
Os andadores de bebês podem parecer inofensivos, mas, todos os anos, milhares de crianças vão parar no pronto-socorro. Pediatras dizem que o risco que os andadores oferecem é tão alto que o produto deveria ser banido .
Os diagnósticos mais comuns entre as crianças que foram parar no pronto-socorro foram lesões como distensões, concussões e cortes , na região da cabeça ou do pescoço. Algumas crianças sofreram lesões graves como fratura do crânio ou trauma cerebral.
Fora isso, especialistas apontam que o uso de andadores acabam atrapalhando o aprendizado do bebê a andar.
2. Pomada para dente 
Quando os dentinhos do bebê estão nascendo é comum os pais utilizarem remédios à base de benzocaína para aliviar o desconforto. Benzocaína é uma anestésico local que pode ser encontrado em pomadas como Anbesol, Hurricaine, Orajel, Baby Orajel e Orabase, entre outros.
A pomada provoca a anestesia da gengiva , mas com a deglutição , a faringe , esôfago e outras estruturas podem também ter a sensibilidade reduzida , provocando engasgos e problemas graves de respiração .
Possui restrição pelo FDA ( agência americana que controla medicações ) e pela Academia Americana de Pediatria , mas você encontra com facilidade este produto na internet . Muitas mães optam por usar , já que é importado , na esperança de se tratar de uma medicação mais potente e nova , ainda não descoberta pelos médicos . Cuidado!
3. Berço com lateral móvel 
O Inmetro, que é o órgão do governo que procura garantir a segurança de diversos produtos, proibiu as grades laterais móveis em berços após ter identificado riscos para o bebê:
• A grade levantada pode não estar bem travada e acabar deslizando sem que se perceba.O movimento de sobe e desce pode prender o dedinho ou mesmo o braço ou a perna da criança.
• Com o uso, a lateral começa a apresentar folgas que colocam a criança em situação de risco, ao criar um espaço entre o colchão e a grade. A cabeça do bebê pode ficar presa nesse espaço e pode haver asfixia.
Uma dica é virar o berço e deixar a lateral móvel encostada na parede, ou do lado menos usado. Assim, não tem perigo de você esquecer a recomendação e acabar usando o mecanismo de sobe e desce.
4. Protetor de berço
Segundo orientações da Sociedade Brasileira de Pediatria e também da Academia Americana de Pediatria, o kit berço não deve ser utilizado. Os protetores podem levar uma maior frequência de :
• asfixia : quando o bebê está deitado e rola para os lados, ainda com dificuldade, ele pode encostar o rostinho próximo ao tecido. E, como não tem força para desvirar, acaba parado ali e fica sem respirar.
• acidentes :quando o bebê já consegue ficar de joelhos no berço, ou mesmo de pé, ele pode usar os itens do kit para escalar, subir, o que gera um risco de se virar e cair.
• aspiração de corpo estranho : com algum detalhe decorativo como fitas e botões é muito comum.
Há um tipo de kit berço disponível nos Estados Unidos que é como se fosse uma telinha vazada e é o único que a Academia Americana de Pediatria permite o uso. Como o tecido é uma espécie de tela, se o bebê encostar o rosto não vai se sufocar. E como é fino e maleável, se a criança pisar não consegue usar como trampolim.
Mas, no Brasil, a orientação dos pediatras é de realmente não usar nada.
5. Colar de âmbar
Usado por celebridades e blogueiras como uma panaceia para cólica , melhora da imunidade e até do humor , tem a venda proibida. Sim! Em muitos lugares ele é proibido, por aumentarem o risco de sufocamento. Isso, claro, sem contar o perigo do colar estourar e o bebê acabar colocando as bolinhas na boca.
Usar como pulseira ou tornozeleira não o faz ser menos perigoso . Afinal , não há eficácia nenhuma , apenas relatos aleatório de alguns pacientes .
6. Talco
Não há nenhuma comprovação de que o talco funcione na prevenção de assaduras . Mas existem muitos estudos comprovando a sua associação com câncer de ovário na idade adulta .
A Academia Americana de Pediatria já não recomenda o uso do talco para bebês para o tratamento e prevenção da dermatite de fralda. Esta decisão foi tomada após o conhecimento de que o talco também pode produzir danos nos pulmões dos bebês e sérios problemas respiratórios ( talcose).