Você sabe o que é o colar de âmbar? Se ainda não o conhece, é bem provável que já tenha visto algum bebê utilizando a peça em fotos na internet ou até mesmo nas ruas.
O acessório é feito com pedrinhas de âmbar, uma resina vegetal que virou fóssil há um zilhão de anos .Esse material tem como princípio ativo o ácido succínico, substância que algumas pessoas acreditam que ele funciona como analgésico e anti-inflamatório natural, amenizando dores da fase de dentição e as cólicas.
O efeito do produto se baseia em um mito de que , em contato com a pele , o aumento da temperatura nas bolinhas mágicas faz uma vaporização da substância, facilitando a sua absorção .
Disseminado por blogueiras e aceito por famosas , não é raro ver um bebê desfilando com o acessório por aí. Provavelmente para dar um certo ar ” cool” e descolado , porque o âmbar não tem efeito nenhum .
Além de não existir nenhum estudo científico que comprove os benefícios do colar, a prática pode ser perigosa, de acordo com um estudo recente apresentado pela Sociedade de Pediatria Canadense. Segundo o órgão, por estar no pescoço da criança, o acessório pode levar a enforcamentos. Caso o objeto se rompa, o risco é ainda maior, já que o bebê ainda pode ingerir as pedrinhas e morrer sufocado.
Por esses motivos, o uso do colar não é recomendado pelos pediatras. Não há estudos que comprovem a eficácia dele em aliviar as dores do bebê.
Mas a filha da Gisele usa …
Vai usar? Se, mesmo ciente dos perigos, você decidir usar o colar em seu bebê, preste atenção em alguns detalhes para minimizar os riscos:
– Não coloque a criança para dormir com o colar.
– Retire o colar durante o banho para evitar o desgaste do cordão.
– O fio do colar deve ter um nó entre cada conta. Assim, em caso de ruptura, apenas uma cai;
– Para crianças de qualquer idade, o colar deve ter entre 33 e 36 cm. Assim, não fica apertado nem frouxo;
– O fecho deve ser de rosquear e coberto por âmbar, para o bebê não conseguir abrir;
– Não pense que a tornozeleira ou a pulseira são mais seguros e com isso justificar o seu uso .
O FDA ( Food and Drug Administration) – agência regulatória americana- divulgou uma nota contraindicando firmemente os colares de âmbar depois do relato de crianças que faleceram em decorrência do engasgo com as bolinhas do âmbar e em decorrência de um relato asfixia pelo colar enquanto um bebê dormia.
A Associação Brasileira de Odontopediatria posicionou-se contra o uso do colar de âmbar por não haver literatura científica que comprove seus benefícios.
Não vale o risco . Reflita . Leia .
Fica a dica .